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Alternativas para substituição de silicones em formulações cosméticas

Atualizado: 28 de jul. de 2022

Não é nada fácil ou simples a tarefa de encontrar substitutos para um ingrediente tão único e versátil como o silicone. Por décadas desempenham excelentes aplicações em formulações cosméticas e possibilitam a criação de produtos de alta performance, com bom custo-benefício e sensoriais excepcionais.

O silicone possui origem mineral, pois é obtido a partir do quartzo, uma forma oxidada de ocorrência do silício na natureza. É um material inerte e termicamente estável, devido às propriedades inerentes à conformação de sua estrutura, pois gera ângulos grandes entre os átomos e ligações fortes superiores às de carbono. O comprimento da ligação entre Si-O e Si-C, permite mobilidade de rotação para adotar sempre a configuração de menor energia, de forma que quando aplicado na pele, a orientação das moléculas implica na formação de um filme com baixa permeabilidade de água no estado líquido e alta permeabilidade no estado de vapor, o que não compromete seu processo de transpiração.

As principais funções dos silicones em produtos cosméticos são: aumento de espalhabilidade, redução de pegajosidade de compostos cerosos e oleosos, composição de texturas e sensações, formação de cascatas sensoriais, formação de filme e hidrofobicidade, repelência à água, doação de brilho, condicionamento, alinhamento e redução de frizz, além de reparo nos fios e proteção térmica. É responsável também por funções como dispersão de filtros UV e pigmentos, efeitos de disfarce óptico e uniformização da aparência da pele.

Apesar de ser um material muito requisitado pelas diversas aplicações em variados segmentos da indústria, o silicone pode passar por uma crise de abastecimento com causas multifatoriais, como agravantes causados pela pandemia do corona vírus, interrupção de atividades da indústria automobilística e alta demanda de componentes eletrônicos, motivados pela prática do work-from-home. A retomada brusca da demanda desses setores com o avanço da vacinação, gerou um desbalanço na oferta, ao mesmo tempo que a produção de silício metálico ficou comprometida pela crise energética na China e gerou escassez de produção. Oferta de matérias-primas, tais como o cascalho, também excederam a procura. Outro motivo é que com a crise energética, suprimentos eletrônicos como semicondutores, passam a ser direcionados para indústria de energia solar.

Não é a primeira vez que os silicones entram em cheque em aplicações cosméticas. Além das ondas do movimento free-from (ou livre de), onde o consumidor passou a desejar produtos que não contem com a inclusão de silicones na formulação, a Comissão Europeia, sob o regulamento UE 2018/35, estabeleceu uma limitação para inclusão dos silicones de cadeia cíclica D4, D5 e D6 (ciclotetrasiloxano, ciclopentasiloxano e ciclohexasiloxano, respectivamente), de forma a restringir seu uso para até 0,1% em produtos cosméticos enxaguáveis. O motivo seria sua classificação como persistente no meio-ambiente e possibilidade de bioacumulação. Está em discussão a extensão dessa restrição para produtos de alta permanência no corpo.

A substituição dos silicones em formulações cosméticas, pode ser uma opção para contornar os aumentos sucessivos de preços, pois até o momento pode-se verificar a elevação de até 300% no preço dos ingredientes. Alguns dos fabricantes já emitiram notas sobre o cenário de incerteza sobre a obtenção de matérias-primas primordiais e seu processamento por pelo menos até o final de 2022.



Outro motivo seria a respeito dos aspectos de sustentabilidade, como o alto consumo de energia para a obtenção do silício metálico e a utilização de matérias-primas como metanol, tóxico para o meio-ambiente, sobretudo pela possibilidade da contaminação e riscos para a vida aquática. A própria restrição europeia, a respeito de silicones cíclicos, pode ser um fator para consideração de fórmulas que serão comercializadas na Europa e impacta uma das principais funções de aplicação que é o aumento da espalhabilidade, obtenção de toque seco e baixo residual pós aplicação.

Benefícios para a pele podem ser considerados diferenciais e explorados como claims de marketing, devido à possibilidade de inclusão de ingredientes mais biomiméticos e de melhor absorção pela pele.

Para te ajudar a enfrentar este contratempo, a Colormix Especialidades gostaria de oferecer suas Alternativas Para Substituição de Silicones em formulações cosméticas, através de seu portfólio de soluções e auxilia-lo em seus futuros desenvolvimentos.

Cosphaderm Fee: um éster natural certificado Cosmos-Ecocert, de cadeia média, que proporciona condicionamento e hidratação. Ele é obtido de forma sustentável à partir do óleo de rícino possui baixa viscosidade. É um emoliente de alto brilho, alta compatibilidade com a pele e promove condicionamento e nutrição para o cabelo. É indicado pelo fabricante como substituto de silicones D5, pois promove alta espalhabilidade, ação lubrificante e toque leve, reduz o efeito esbranquiçado durante a aplicação na pele, cria a sensação de sedosidade além de fornecer efeito glow para os fios. É um excelente agente dispersante de pigmentos e filtros UV.

Joias africanas: são os nossos mais especiais óleos naturais e antioxidantes, obtidos a partir de preciosidades da flora. Possuem certificação Cosmos e atuam em formulações cosméticas, tanto como emolientes ou ativos, já que oferecem benefícios com a sua aplicação. Os maiores representantes para a substituição de silicones são o Óleo de Ximenia e Manketti. O Óleo de Ximenia possui um perfil exclusivo de ácidos graxos, de cadeia longa e de fitosterol em sua composição, atua na microbiota e possui estudo sobre sua efetividade contra a colagenase, possui textura e toque agradáveis e sensorial comparável ao do silicone pelo fabricante. O Óleo de Manketti apresenta como destaque a presença de ácido eleostérico, forma conjugada do ácido linolênico, responsável pela carcaterística de formação de filme protetor para pele e cabelo, além do sensorial nutritivo. Restaura condições da pele e promove regeneração de áreas comprometidas.



A Manteiga de Cupuaçu é um ingrediente natural, obtido a partir do cupuaçu, planta nativa da região Amazônica, através de processamento físico a frio e sem refino. Sua composição equilibrada de ácidos graxos saturados e insaturados, forma um sólido macio de baixo ponto de fusão ~30°C, o que oferece a performance de “Melting-touch” (fusão na temperatura da pele), o que pode indicar o seu uso em substituição de ceras de silicone. Fornece proteção à barreira da pele, é capaz de reter água na superfície da pele, devido à interação de hidrogênio entre a moléculas de água e os fitosteróis de sua composição. Ajuda na reologia e estabilização de emulsões, possui sensorial agradável e proporciona maciez e suavidade na aplicação

Everlipid EFA é uma alternativa natural-based de catiônico, caracterizado por complexo multifuncional, obtido a partir da flor do óleo de cártamo. Composto biomimético de fosfolipídeos orgânicos análogos à lecitina, com altos níveis de ácido linolênico. Oferece excelente substantividade para pele e cabelo, possui sensorial agradável e emoliência não-oleosa. Promove excelente condicionamento da pele e dos fios, possibilita o desenvolvimento de sistemas transparentes e não deixa resíduo gorduroso após a aplicação.

Ecofil: preenchedor natural biodegradável obtido a partir de milho (não GMO) fermentado naturalmente. Configura um polímero natural micronizado para preenchimento com partículas de cera esféricas, distribuídas entre 1 e 10 µm, que possuem propriedades de reflexão da luz. Proporciona toque mate, atua como disfarce óptico de imperfeições da pele, o que promove o efeito soft-focus e suaviza rugas e linhas finas imediatamente. Oferece sensação agradável após aplicação na pele e ajuda na espalhabilidade do sistema.

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